Monday, July 21, 2008

confissao

Confesso aqui, para todos os que quiserem ler, que durante a minha vida académica (isto desde os primeiros anos de escola) desenvolvi uma capacidade de, fazendo o menos possivel, atingir os objectivos que foram aparecendo.

Tácticas para fazer que estava ocupado, de modo a justificar o tempo que passava a nao fazer nada, essas foram apuradas nos tempos da uni, estagio etc. Coisas que parecem triviais mas que fazem muita diferenca. Por exemplo andar sempre com um artigo na mao, e uma caneta/esferografica/lapis.

O pior é quando realmente necessitas de fazer algo. Deixar tudo para a ultima nunca é a solucao - é um hábito. E diria um hábito muito forte!

Preciso de terapia :P

9 comments:

Dédinha said...

Deixa.m adivinhar... o meu amigo anda com os calos apertados?? Eh eh eh.. Eu bem me lembro durante o estágio...tudo nas pesquisas e aí o "boy" a pesquisar receitas na net?? Ou então a jogar a não sei o quê!! Lol lol lol e olha sp deu bom resultado... Mas deixa eu tb sou assim...sp a engonhar até à última..

Então e férias na Tugalândia??

Beijos grandes..

RedFox said...

Bom, meu caríssimo amigo, tenho duas coisas a dizer-te.

A primeira é que sou exactamente assim.

A segunda é que tenho a certeza de que é assim que gosto de ser, por mais que nas alturas da contagem decrescente, pragueje para que fossem diferentes.

A verdade, é que é um hábito muito forte!

Obviamente que já tentei fazer meditação sobre o assunto.

Embora nunca por terapia, pelo menos daquela em que se paga.

Não sei se era o ensino que devia de ter sido mais exigente comigo, ou seria eu que deveria ter tido 22 [de zero a vinte] a tudo e chorado quando não conseguia.

Mas deixando de parte a compreensão do que eu já não posso mudar, aproveito para deixar uma confissão também para quem quiser ler.

Viver com uma pessoa tão organizada, tão trabalhadora, tão cumpridora de horários e prazos, fez-me ver uma coisa que eu não me tinha dado conta ainda, enquanto no cimo de toda a abnegação em que me decompunha.

Além de eu ser um simples preguiçoso, através de esse hábito, desenvolvi, sem me dar conta, uma capacidade inesgotável de alargamento de prazos.

Ou seja, eu tenho uma prazo de um mês para fazer seja o que for. Não quer dizer que eu não investigue um pouco ou saiba pelo menos o que tenho de fazer, mas o que acontece realmente é que eu nada faço até um dia antes desse prazo. Nesse dia eu penso numa boa estratégia para alargar então o prazo uma semana e é nessa semana que eu faço o trabalho, normalmente diminuindo largamente as horas de sono.

A vantagem disto é que, se estiver a competir com alguém, normalmente ganho.

A desvantagem é que vão sempre achar, que foi por eu ter tido uma semana a mais que consegui fazer melhor.

É claro que nunca explico a ninguém, não tenho de o fazer. Por isso, isto ser uma confissão.

Afinal é disto que se trata. Do gozo, se quiserem, porque não, do poder.

O Poder de não ter que fazer tanto para conseguir o mesmo.

Uma vez disseram-me que eu era desleixado.
Eu não disse nem que sim, nem que não, não o podia ter dito porque nunca tinha experimentado de outra maneira, então decidi fazer as coisas pelas regras.

Comecei a jogar cedo, fui aplicado e acabei por cumprir com o prazo delineado.

Resultado: um terrível tédio e sentimento de pedaço de vida desperdiçado.

Não só, não andei a par das outras coisas que gosto tanto de fazer, mesmo sendo elas um perfeito disparate quer para o mundo inteiro quer para mim, como ser avaliado, seja por quem for, com as mesmas medidas e sob os pressupostos que o resto, não me deu qualquer sentimento de prazer ou de valorização.

Acho que não quero mesmo mudar. Mesmo que isso acarrete os últimos momentos de profundo Stress.

Agora se me perguntarem se gostava que a minha filha fosse assim???

Bom... já estamos a falar de coisas completamente diferentes....

Abraço Ganda.

RedFox said...

E quanto às "Tácticas para fazer que estava ocupado, de modo a justificar o tempo que passava a nao fazer nada" não te arrependas, um dia vão ser úteis e nessa altura vais perceber porquê....

Anonymous said...

Olá!

ri-me bastante com o teu post, ganda:)

eu não sei se isso é um defeito ou uma qualidade. Sei que existem pessoas capazes de fazer tudo com grande organização e com presistencia lá vão chegando a algum lado, e outras que são o oposto e que também chegam a algum lado. Não é bom, nem mau. São formas de ser. Os segundos são o que eu chamo de "criativos", os primeiro são os "persistentes e com força de vontade".

Todos somos diferentes. Sem os criativos, os persistentes e com força de vontade muitas vezes não conseguiriam chegar a muitos objectivos. Por isso é que é importante haver diversidade de maneiras de ser num grupo de trabalho. Todos tem a sua participação. Os criativos tem uma forma de trabalhar totalmente diferente. Podem parecer que nã fazem nenhum, que deixam as coisas para a última, mas depois...UAU! As ideias que surgem são incriveis!

Eu, como pessoa organizada, persistente e com muita força de vontade, gosto essencialmente de trabalhar com pessoas assim! São elas a cor do grupo! São elas que muitas vezes encontram a alternativa que os organizados "cinzentões" muitas vezes não percebem.
Num grupo é preciso haver uma máquina que trabalha no silencio, e os salpicos de ideias criativas que permitem um novo folego ao trabalho.

Força!

beijinhos

Rita C. M.

Laura said...

Bem, neste momento estou com duvidas!...
Uns chama-te de amigo, outros de amiga, ficamos onde?

Quanto ao resto se consegues e já conseguiste fazer tudo na maior, continuas a ser um Ás na mesma, um ás ou uma asa?...ehhh beijinho da laura..

Ana said...

LOOOL, meu miguito, sofres do incurável "sindroma do estudante" como, aliás, quase todos nós. Bem vindo ao clube!!!! =D

Ana said...

Laurinha, LOOOOL, é amigO, sem dúvida!!! ;-) O que se passa aqui é que há muitos escrevedores de postes! às vezes é o Ganda, outras vezes sou eu, outras vezes a sílvia...mas maioritariamente o ganda!
Olha eu, devia estar a escrever a tese mas estou aqui a laurear... =D
E já preparei slides a uma hora de fazer a apresentação loooool! =D
Ganda, a Laura é minha amiga! ;-)

JG said...

Ah pois é bébé!
Como eu te compreendo maninho!
Mas nós somos assim, tudo até à última...
Sempre a "laurear a pevide", dar mais dois dedos de conversa, jogar mais qq coisa, e no fim.... o "cú apertado"!
Depois....
Eu choro que nem uma desalmada (tb não é preciso muito para isso, eu sei!!), como se as minhas lágrimas fossem fazer-me o que quer que seja do trabalho. Não fazem, é verdade, mas aliviam-me a tensão... :D :D
No final tudo se resolve!

Tu sempre tiveste a capacidade de contornar essa tua preguicite aguda e atingir os teus objectivos. Por isso mãos à obra que o tempo urge!!!

Beijos e saudades
JoanaG

Maria Manuela said...

Como eu te entendo tãããõoooo bem....

:)