A República Popular da China anunciou que poderá iniciar em breve um processo de expulsão dos broncos madeirenses que se encontram no seu território como represália pelas declarações do presidente do governo regional da Madeira, Alberto João Jardim. Recorde-se que o líder madeirense referiu de forma inequívoca não querer imigrantes chineses na ilha, referindo ainda que os imigrantes indianos e provenientes da Europa de Leste também não são bem-vindos. Quando criticado por vários sectores da sociedade civil, incluindo por personalidades ligadas ao Partido Social Democrata, Jardim não fez qualquer correcção e aproveitou a oportunidade para reiterar o que havia sido dito anteriormente.
As autoridades de Pequim foram avisadas do incidente pelo embaixador chinês em Lisboa e, depois de findo o prazo dado ao homem que governa a Madeira desde a década de 70 para apresentar um pedido de desculpas formal à China e à comunidade chinesa a residir em Portugal, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirmou que “a República Popular da China tomará as medidas que entender necessárias.”
Essas medidas poderão incluir a extradição gradual dos cerca de 235 elementos que constituem a comunidade bronca madeirenses do “Império do Meio.” Os broncos madeirenses são uma subespécie humana identificada por antropólogos holandeses no século XIX, originária da ilha da Madeira e onde tem subsistido numa relação simbiótica com a população humana. O número de broncos madeirenses a residir na ilha é relativamente escasso e com a particularidade de a maior parte ocupar cargos públicos, devido às tradicionais relações de compadrio existentes entre os vários indivíduos. No entanto, graças a um processo de migração iniciado em meados do século passado, têm-se formado comunidades de broncos madeirenses um pouco por todo o mundo onde subsistem com recurso a esquemas de vária índole e se divertem a organizar corsos carnavalescos que lhes permitam desfilar de cuecas, a sua actividade lúdica predilecta, juntamente com as ameaças de uma secessão que, graças aos seus esforços, consegue por vezes parecer apetecível para os portugueses continentais e que só não o é mais por reconhecimento de que a maioria dos habitantes da Madeira continua a ser humana.
Numa notícia relacionada, a Inépcia sabe que se está a preparar uma migração massiva de imigrantes do Paquistão, do Bangladesh e do Sri Lanka para a ilha da Madeira, entusiasmados pelas afirmações de Alberto João Jardim de que apenas os indianos não são bem-vindos.
in www.inepcia.com
Bem, desta vez o inepcia desapontou-me. Com a intenção de caricaturar, gozar, satirizar, escarnecer e sei lá mais o quê, a última bronca do Jardim (lembram-se? proibidos indianos e chineses), o inepcia caiu na armadilha da generalização (sim, até ali chegou a globalização...) e, pior, do xenofobismo. Dizer "o bronco do jardim" e dizer "broncos madeirenses" é muito diferente. Daí o post. Nem o sarcasmo está livre de inepcias...no verdadeiro sentido.
Minimalismo
7 years ago
4 comments:
"O número de broncos madeirenses a residir na ilha é relativamente escasso e com a particularidade de a maior parte ocupar cargos públicos, devido às tradicionais relações de compadrio existentes entre os vários indivíduos."
Não me parece que seja generalização, não é propriamente ao povo madeirense a quem eles chamam broncos.
Simj, tens razão, eu também -depois- pensei que afinal ele estava a referir-se aos políticos...mas deixei ficar-me na mesma, porquê, porque fiquei com a sensação que ele estava a generalizar, uma vez que era broncos madeirenses para aqui e para ali. Acho que devia ter arranjado outra maneirq de dizer as coisas, porque acabou por parecer que estava a chamar broncos a todos os madeirenses (uma vez que só os define a meio e uma só vez). Não sei. Ou então sou eu que ultimamente não tenho pachorra para subtilezas. LOL. Mea culpa.
Certo. Mas o Jardim é um bronco. Sem ofensa.
ai ai ai
Racismo e Xenofobismo não...
Mas a verdade é que todos temos um pouco de racistas e xenófobos. Ou, simplesmente, todos temos um preconceito qualquer enraizado no nosso intímo e que tentamos, ás vezes sem sucesso, abafar...
Post a Comment